domingo, 26 de dezembro de 2010

Death


Tentando esquecer de respirar, quero me desprender do ar, mas tem uma força maior que sempre faz ele voltar, e continuo aqui, passando pelas mesmas coisas, sentindo as mesmas coisas novamente.
E fico imaginando a saída mais simples, já que não sou capaz de tentar a mais difícil, e por saídas fáceis acabo me prendendo ao medo da dor, mas esperando por ela, então chega fina, aos poucos, e a lentidão me faz pensar no que poderia ter sido, no que não foi e então vem um possível arrependimento, porém me arrependo em silêncio e ainda assim espero por ela.
Espero que ela venha e faça esquecer, me leve o mais longe daqui, já sinto a dor pouco forte, mas me assusta ao pensar nos próximos minutos.
Deito-me para esperar dormindo, como se ela me levasse sem precisar me acordar, que me faça dormi dali em diante, e o mais sarcástico é que quando abro os olhos de manhã ainda estou ali, e quando penso no que me faz abrir os olhos de manhã  passo por tudo outra vez até uma próxima tentativa de esquecer.